No fim do infinito
por Paulo Vinhal, em 04.09.16
O sustenido da noite. O breu ancorado na tua densidade. O meu navegar bêbado pelo incêndio e a tua voz nas partículas. Os aracno rumores da violência através das paredes, a aurora ainda longe e os grilhões quebrados. Serenas, as tuas emissões e a tua viagem com os teus e os meus passos muito lentos como num sonho de vozes. O latejar da tua carne no meu coração e os teus beijos salientes rumo ao fim do infinito.