Tu e eu
por Paulo Vinhal, em 12.08.16
Da aorta até à terra seca do cosmos espalhas as tuas palavras meu amor, através do tórax entreaberto à luz mortiça dos candeeiros. A literatura sedosa das tuas mãos e o adjetivo salgado da força boiam na tonalidade leitosa das janelas e o magma da carne, despido até ao invisível, contorna a tua expressão renascida e a minha impressão pungente.